Pantanal já registra quase o dobro de incêndios de setembro de 2023

Atualizado em 10 de setembro de 2024 às 18:39
Incêndio no Pantanal em Corumbá (MS). Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Nos primeiros 10 dias de setembro, o Pantanal já registrou 736 focos de incêndios – quase o dobro do total registrado no mesmo período em 2023, quando foram contabilizados 373 focos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Apesar da gravidade, o Pantanal ainda não superou o recorde de 2020, quando o bioma enfrentou a pior série histórica de incêndios, com 2.550 focos nos primeiros 10 dias de setembro.

O Pantanal tem sido devastado pelo fogo há mais de três meses. Dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ) apontam que quase 3 milhões de hectares foram destruídos pelas chamas.

Bombeiros e brigadistas na região da Serra do Amolar, no Pantanal de MS. Foto: Governo de MS/Divulgação

Além dos incêndios, o bioma enfrenta a pior seca de sua história. O Rio Paraguai, principal bacia do Pantanal, apresenta níveis críticos.

De acordo com dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB), alguns pontos do rio atingiram níveis históricos negativos neste ano. Das 21 estações de medição no Rio Paraguai, 18 estão com níveis abaixo do esperado, e três réguas estão em patamares negativos.

O Rio Paraguai abrange 48% do estado de Mato Grosso e 52% do Mato Grosso do Sul, atravessando os biomas Cerrado, Pantanal e também o Chaco, um bioma paraguaio semelhante ao Pantanal.

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