
No dia 4 de outubro do ano passado, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), viajou no jato Bombardier do empresário Rubens Menin, dono de várias empresas, como a emissora de TV CNN Brasil e a construtora MRV.
De acordo com informações do colunista Chico Alves, do UOL, Zema foi de Belo Horizonte a Brasília com objetivo de mostrar apoio à reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O avião decolou da capital mineira às 6h54 e aterrissou em Brasília às 8h02.
Além de Zema e Menin, estavam a bordo o deputado Lucas Gonzalez (Novo-MG) e o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe.

Procurado, Zema disse que a viagem era de caráter particular. No entanto, o governador não explicou por qual motivo não pagou de seu próprio bolso a passagem em avião de carreira, em vez de usar a aeronave do empresário.
“Sobre a viagem específica citada, se trata de um compromisso pessoal, após ter vencido as eleições em primeiro turno. Na ocasião exerci minha cidadania de ter a liberdade de apoiar um candidato. Por se tratar de um compromisso pessoal, em nenhuma hipótese poderia utilizar aeronaves do Estado”, respondeu ao UOL.
Ele ainda afirmou que, ao contrário de governos anteriores, em sua gestão os aviões do estado nunca foram utilizadas para compromissos pessoais. O apoiador do ex-capitão também acrescentou que suas viagens são feitas com “transparência”.
Confira a íntegra da nota do governador Romeu Zema:
“Como empresário, rodei mais de dois milhões de quilômetros pelas estradas de Minas abrindo lojas em mais de 300 cidades. E foi também dessa forma que fiz minha campanha em 2018. Por isso, ao assumir o cargo de governador imaginei que seria possível também executar os compromissos oficiais somente com deslocamentos terrestres. Porém, logo entendemos que para otimizar o tempo como governador e melhor atender às demandas dos mineiros de todas as regiões dos 853 municípios, foi preciso eventualmente utilizar as aeronaves que hoje não são de uso de exclusivo do governador, mas pertencem ao Comando de Aviação da Polícia MIlitar de Minas Gerais.
Dessa forma fazemos o uso das aeronaves com transparência, compromisso e responsabilidade com os recursos públicos do Estado. Ao contrário de gestões anteriores, no meu governo as aeronaves do Estado nunca foram utilizadas para compromissos pessoais.
As aeronaves que eventualmente utilizamos em deslocamentos para compromissos oficiais são as mesmas que prestam o serviço de transporte de órgãos e propiciaram que Minas batesse o recorde de transplantes em um só dia, salvando vidas. Também são as mesmas aeronaves que levaram os militares especializados em combate ao crime organizado para auxiliar a Polícia de Tocantins na operação contra uma quadrilha de assalto a banco. Portanto, em Minas, o que é público é usado para o bem dos mineiros e brasileiros.
Sobre a viagem específica citada, se trata de um compromisso pessoal, após ter vencido às eleições em primeiro turno. Na ocasião exerci minha cidadania de ter a liberdade de apoiar um candidato. Por se tratar de um compromisso pessoal, em nenhuma hipótese poderia utilizar aeronaves do Estado”