O ministro da Justiça, Flávio Dino, esteve na residência oficial do presidente da Câmara do Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A visita ocorreu após a operação da Polícia Federal (PF) que atingiu Luciano Cavalcante, o ex-assessor de Lira que atualmente trabalha na liderança de seu partido, o PP.
De acordo com informações do Estadão, Lira queria saber de Dino detalhes sobre a diligência e por qual motivo o processo de busca e apreensão em endereços de seus aliados foi deflagrado em um momento de tensão política dele e do governo.
No encontro, o ministro disse ao parlamentar que o inquérito da PF começou antes mesmo do início do governo Lula. É justamente essa investigação, que busca desvio de recursos destinados à compra de kits escolares de robótica, em Alagoas, que atinge o ex-assessor do deputado e outros aliados.
O ministro da Justiça ainda afirmou não ter controle sobre as datas de operação da PF. Vale destacar que a PF encontrou R$ 4,4 milhões em dinheiro vivo em dos locais de busca e apreensão, em Maceió.
“Eu não tenho nada a ver com isso nem me sinto atingido”, reagiu Lira. “Cada um é responsável por seu CPF.” O presidente da Câmara, que tem colecionado desavenças com a nova gestão, afirmou que o governo terá, agora, de andar com as próprias pernas.