A Espanha foi às urnas neste domingo (23) para as eleições gerais, onde a extrema direita pode sair vitoriosa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, independentemente do resultado, manterá um diálogo aberto e institucional com o país espanhol. Com informações do Estado de Minas.
Se todas as pesquisas estiverem corretas, o PP, partido de direita que tem como líder Alberto Núñez Feijóo, terá de se aliar ao radical VOX, de Santiago Abascal Conde, para alcançar a maioria de 176 das 350 cadeiras do Parlamento.
A Espanha é o segundo maior investidor estrangeiro na economia brasileira. Já o Brasil se transformou no quinto maior exportador para os espanhóis, graças às vendas de petróleo, em substituição ao óleo produzido pela Rússia, alvo de sanções depois de invadir a Ucrânia.
Tanto na visita que fez à Espanha, em abril, quanto na recente ida a Bruxelas, capital da Bélgica, para a reunião de cúpula entre a União Europeia e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), Lula declarou que a ideologia política não pode se sobrepor aos interesses do país.
Questionado sobre a possível vitória da direita espanhola, em associação com o radical VOX, o presidente brasileiro foi enfático ao ressaltar que nada mudaria nas relações com a Espanha, porque os escolhidos pelas urnas têm respaldo popular.
“Nossa relação com a Espanha continuará no mesmo nível de respeito, independentemente das eleições”, afirmou.
Lula, no entanto, não esconde a preferência pela continuidade do Partido Socialista, o PSOE, do atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez, que está no poder desde 2018. A proximidade entre os líderes é grande.