Para o novo Código de Ética da Globo, a dupla William Bonner e Fátima Bernardes não existiria hoje

Atualizado em 28 de fevereiro de 2019 às 19:03
William Bonner e Fátima Bernardes. Foto: Reprodução/TV Globo

Daniel Castro informa, no Notícias da TV, que se estivesse em vigor há dez anos, o Código de Ética e Conduta da Globo seria um obstáculo para aquele que foi o principal casal do telejornalismo brasileiro. Como editor-chefe do Jornal Nacional, William Bonner não poderia dividir a bancada com Fátima Bernardes, com quem era casado na época. Há quase quatro anos, a emissora proíbe que um casal trabalhe no mesmo departamento se um deles for chefe. Tem bastante gente sendo afetada pela regra.

Nunca falado na imprensa e pouco conhecido internamente, o código foi atualizado em abril do ano passado. Está em segunda edição. O documento é peça-chave do Programa de Compliance do Grupo Globo, que envolve uma equipe de profissionais dedicada e uma Comissão de Ética e Conduta, composta por três membros.

Compliance é uma nova área nas empresas, que visa proteger a imagem dela perante o público e o mercado por meio da adoção de normas de conduta para seus profissionais e de procedimentos para os processos produtivos. Abrange de práticas que visam impedir a corrupção e o favorecimento pessoal às atividades políticas de seus funcionários.

No código de ética da Globo, ao qual o Notícias da TV teve acesso, os funcionários e contratados são chamados de “integrantes”. A eles se impõe uma série de orientações, como a intolerância ao abuso de poder e ao assédio sexual. O veto à contratação de parentes dentro de um mesmo departamento quando um deles tem cargo de chefia visa impedir favorecimento e conflitos de interesse.