Para PF, Bolsonaro pode ter cometido crime ao associar vacina e o vírus da Aids

Atualizado em 17 de agosto de 2022 às 19:21
Bolsonaro associação vacina com HIV. Reprodução Facebook

Jair Bolsonaro (PL) pode ter cometido crime ao associar a vacina contra a Covid-19 com o risco de contrair-se o vírus da Aids. Pelo menos, essa é a avaliação que a Polícia Federal transmitiu ao STF na tarde desta quarta-feira (17).

Como se sabe, não existe tal associação, como já esclarecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Lorena Lima Nascimento, delegada responsável pelo caso, pediu autorização à Corte Suprema para indiciar Bolsonaro e o tenente Mauro Cid, ajudante de ordens, que ajudou a produzir o material divulgado pelo mandatário. A PF concluiu que ambos praticamente incitação ao crime, conduta tipificada no Código Penal cuja pena é de prisão de três a seis meses.

De acordo com a PF, o presidente “disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarma de perigo inexistente aos espectadores”.

O relatório afirma que a conduta de Bolsonaro acabou incentivando  nos espectadores das lives o descumprimento das  normas sanitárias estabelecidas pelo próprio governo.

A PF pede ainda que seja autorizada a tomada de depoimento de Bolsonaro.

A Polícia Federal afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que há indícios de que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime ao associar a vacina contra a Covid-19 com o risco de contrair Aids.

Bolsonaro fez a relação mentirosa entre o imunizante da Covid e risco de HIV em uma live no dia 22 de outubro do ano passado. Posteriormente, o vídeo foi retirado do ar por Facebook, YouTube e Instagram.

Na transmissão, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid teriam contraído  Aids (doença causada pelo HIV) “muito mais rápido que o previsto”. Não existe qualquer relatório oficial sobre o tema.

As informações são do G1.