Paraisópolis tem jeito de Vigário Geral? Por Fernando Brito

Atualizado em 13 de dezembro de 2019 às 11:43
Bairro de Paraosópolis

Publicado originalmente no Tijolaço

Por Fernando Brito

A morte de 9 jovens em Paraisópolis, ninguém duvida, caiu em cima de João Dória, formalmente o comandante da Polícia Militar do Estado.

Mas é possível que ele esteja levando a fama que não é sua.

O grupo bolsonarista da PMSP está em pé de guerra com o governador.

Há menos de dois meses, este grupo promoveu a vaia estrondosa recebida por Dória na formatura de sargentos da corporação, enquanto Bolsonaro era ovacionado.

O PM que morreu há um mês em Paraisópolis numa troca de tiros, era próximo, muito próximo a este grupo.

Mobilizar meia centena de policiais para uma ação de dispersão de multidão, numa madrugada de sábado, exige comando hierárquico.

Há anos, numa vingança e com claros objetivos políticos, um grupo de PMs executou a chacina de Vigário Geral, deixando 21 mortos e uma bomba para Leonel Brizola.

Não se descarte a hipótese de que se tenha pensado em “dar um sacode” na comunidade, que serviria de mais combustível para o estado de insegurança pública e a coisa tenha saído do controle.