Paranoico, Eduardo Bolsonaro diz que Moraes quer sequestrá-lo nos EUA

Atualizado em 20 de outubro de 2025 às 20:01
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foragido nos EUA. Reprodução

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou temer ser alvo de uma suposta ordem de extradição determinada pelo ministro Alexandre de Moraes e declarou acreditar que o magistrado poderia “driblar” autoridades americanas para capturá-lo. Em transmissão no programa “Conversa Timeline”, o parlamentar disse que o carro visto em frente à sua casa no Texas “não era nada”, mas relatou viver sob constante receio de uma ação coordenada do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Eduardo, após o episódio, ele acionou as autoridades locais e confirmou que o veículo não representava ameaça. Ainda assim, contou que a esposa ficou assustada e que ambos vivem em alerta. O deputado destacou que o Texas possui legislação mais permissiva sobre o porte de armas, o que, em suas palavras, garante ao “cidadão de bem” meios de defesa.

Durante a entrevista, Eduardo afirmou que ele e a esposa sabem manusear armas de fogo e esperam não precisar usá-las. Mencionou ainda o caso de Carla Zambelli e acusou a Polícia Federal de realizar vigilância “ilegal” a mando de Moraes.

O deputado disse acreditar que o ministro poderia tentar “driblar” o Departamento de Justiça (DOJ) e o US Marshals Service para conseguir uma eventual extradição e que, se isso ocorresse, as autoridades americanas poderiam “dar cumprimento a ela de maneira célere”.

Desde março, o deputado vive no Texas, mantém contato com aliados do ex-presidente Donald Trump e participa de eventos ligados à extrema-direita internacional. Até o momento, não há registro de pedido de extradição nem manifestação de autoridades americanas sobre o caso.

Eduardo afirmou sentir-se mais protegido nos Estados Unidos, mas disse temer a atuação de pessoas ligadas a órgãos norte-americanos que poderiam, segundo ele, executar uma eventual ordem “ilegal”. O parlamentar reiterou que Alexandre de Moraes teria sido “sancionado” nos EUA, sem apresentar provas.

O deputado mora no Texas desde março, mantém contato com aliados do presidente Donald Trump e participa de eventos ligados à extrema-direita internacional. Até o momento, não há registro de pedido de extradição nem qualquer manifestação oficial de autoridades norte-americanas sobre o caso.