O suspeito do assassinato do CEO da UnitedHealthcare estava levando um documento que dizia “esses parasitas mereciam isso” quando foi preso.
Luigi Mangione, 26 anos, foi preso em Altoona, Pensilvânia, após um funcionário do McDonald’s tê-lo visto comendo. Quando a polícia o revistou, encontraram uma arma feita em uma impressora 3D e um manifesto contra “a América corporativa”.
“Peço desculpas por qualquer conflito ou trauma, mas tinha que ser feito. Esses parasitas mereciam isso. Agi sozinho. Sou financiado por mim mesmo”, afirmava o manifesto.
Ele também dizia que o protesto era ineficaz e que apenas a violência funcionaria. A prisão de Mangione encerrou uma caçada que começou quando Brian Thompson foi baleado na quarta-feira, na calçada de hotel Hilton em Manhattan, onde ele estava prestes a falar com investidores.
Há poucos dias, sua mochila foi encontrada no Central Park, contendo dinheiro do jogo Monopoly (o nosso Banco Imobiliário). Especialistas afirmaram que as notas falsas do jogo de tabuleiro podem ter sido “destinadas a enviar uma mensagem”.
“O dinheiro do Monopoly transmite mensagens de que a UnitedHealthcare tira dinheiro dos pacientes para pagar milhões aos seus executivos, e que ela própria é um monopólio”, disse Carole Lieberman, psiquiatra, ao site Daily Beast. “Ele pode ter planejado espalhar o dinheiro do Monopoly ao redor do corpo do CEO após atirar nele, mas esqueceu de tirar as notas da mochila.”
Gravado nas cápsulas de balas encontradas no local do crime lia-se “atrasar”, “defender” e “depor”. As três palavras são tiradas de “Delay, deny, defend”, ditado usado para descrever manobras de companhias de seguros de saúde para evitar pagar por reivindicações feitas, e do título de um livro de 2010 crítico a essas empresas.
Nas redes sociais, muitos usuários apoiaram o assassino, elogiando-o pelo assassinato de um dos CEOs por trás de uma indústria que é amplamente odiada nos EUA devido à negação de tratamentos para doenças.
Memes pintaram o assassino como o novo Robin Hood da internet.
“Você espera que as pessoas sintam pena de um cara que negou assistência médica às pessoas e foi assassinado?”, escreveu um comentarista no X.
“Ninguém está justificando o assassinato, mas isso é necessário para chamar a atenção para mega monopólios corruptos que estão deixando as pessoas morrerem”, escreveu outro. “Que assim seja.”