Parentes e pessoas próximas são os maiores agressores dos homossexuais, diz estudo

Atualizado em 17 de maio de 2024 às 21:31
Pessoa com bandeira contra o preconceito, de costas, perto de multidão
A maioria das agressões contra pessoas LGBTQIA+ em São Paulo são perpetradas por parentes ou indivíduos próximos – Agência Brasil

Um levantamento detalhado, baseado em registros da Polícia Civil e dos serviços de saúde da capital paulista, revelou que a maioria das agressões contra pessoas LGBTQIA+ em São Paulo são perpetradas por parentes ou indivíduos próximos às vítimas.

O estudo revela que seis em cada dez vítimas de LGBTfobia foram agredidas por pessoas próximas, representando 60% dos casos. Além disso, quase metade dessas vítimas (49%) necessitaram de atendimento médico devido a violências sofridas dentro de suas próprias casas.

Rodrigo Iacovini, diretor do Instituto Polis, organização responsável pelo levantamento, destaca a falta de preparo da sociedade para aceitar as diversidades:

“Nossa sociedade como um todo não está preparada ainda para entender que nossos corpos têm diferentes formas de ser e estar no mundo, e ainda tenta conformar todo mundo a um mesmo padrão, um padrão que é cis, héteronormativo. As famílias muitas vezes reproduzem esse tipo de violência e a reproduzem de maneira acrítica”.

O perfil das vítimas de LGBTfobia na cidade de São Paulo mostra que a maioria é composta por jovens (69% têm até 29 anos) e pessoas negras (55%). As violências mais comuns são físicas (45%), seguidas por violências psicológicas (29%) e sexuais (10%).

Entre 2015 e 2023, foram registrados 2.298 atendimentos médicos e 3.868 boletins de ocorrência relacionados a agressões contra pessoas LGBTQIA+ na capital paulista.

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