Pária, Bolsonaro tem apenas dois encontros presenciais no G20, destaca a Bloomberg

Atualizado em 30 de outubro de 2021 às 10:03

Deu na Bloomberg, um dos mais importantes sites de notícias econômicas do mundo, o vexame de Bolsonaro no G20:

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que tem estado sob constante ataque pelo crescente desmatamento da floresta amazônica, deve enfrentar uma recepção fria na cúpula do G-20 em Roma.

Enquanto a maioria dos líderes presentes no encontro deste fim de semana na Itália estão tendo várias reuniões bilaterais, Bolsonaro tem apenas dois encontros presenciais agendados, de acordo com sua assessoria de imprensa.

Na noite de sexta-feira, Bolsonaro viu o presidente da Itália, Sergio Mattarella, uma formalidade, já que a Itália sedia o encontro dos líderes das 20 maiores economias. O segundo encontro está marcado para sábado com Mathias Cormann, o novo chefe da OCDE, para a qual o Brasil se candidata.

Mais reuniões poderiam ser marcadas, disse a assessoria de imprensa do presidente, ao mesmo tempo em que enfatizou que apenas essas duas acontecerão por enquanto.

A maior economia da América Latina abriga a maior floresta tropical do mundo e tradicionalmente desempenha um papel importante em fóruns multilaterais. É por isso que é surpreendente que ele não consiga organizar mais reuniões um a um.

O problema é que Bolsonaro atraiu indignação internacional com o aumento do desmatamento na Amazônia, bem como em outras regiões, incluindo o Cerrado e Pantanal.

(…) Bolsonaro, que defende a abertura da maior floresta tropical do mundo para a agricultura e mineração, disse que não participará da reunião climática COP26 em Glasgow, na Escócia.

A França e os países da União Europeia disseram que um acordo comercial com os países do Mercosul, que inclui o Brasil, não será ratificado até que haja avanços nas mudanças climáticas.

Alberto Fernández, o presidente da Argentina, o vizinho menor do Brasil, tem reuniões agendadas com a alemã Angela Merkel, o canadense Justin Trudeau e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen.