
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) contou apenas com o apoio de sete colegas durante coletiva de imprensa no salão verde da Câmara, na manhã desta quarta-feira (2). O partido da parlamentar é a maior bancada da Casa, com 99 deputados.
A maioria dos parlamentares da bancada, temendo que a bolsonarista seja presa, preferiu se afastar. Nas redes sociais, deputados considerados “mais falantes” optaram por ficar em silêncio após a operação da Polícia Federal (PF) contra Zambelli.
Ao lado de Zambelli estiveram presentes apenas Silvia Waiãpi (AP), General Girão (RN), Cabo Gilberto (PB), Gustavo Gayer (GO), Rosângela Reis (MG), Delegado Caveira (GO) e Capitão Alberto Neto (AM).
A deputada é investigada por supostamente contratar Walter Delgatti Neto, conhecido como o “hacker da Vaza Jato”, para fraudar as urnas eletrônicas e tentar inserir no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante a coletiva, Zambelli afirmou que o seu passaporte, dois celulares e um HD foram apreendidos pela PF.
A deputada ainda disse que teve “poucos encontros” com o hacker. “Não gostava de falar por telefone, sempre queria falar ao vivo, mas foram poucos encontros. Acho que dois encontros ou três no máximo, em que a gente conversou sobre tecnologia”, alegou.
De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do O GLOBO, a maioria dos parlamentares do PL prefere aguardar o desfecho das investigações para se posicionar.