Parlamentares revelam plano B de Lira pela reeleição: “Prender o Orçamento Secreto”

Atualizado em 9 de maio de 2022 às 11:59
Lira é acusado de "prender" orçamento para tentar reeleição
Deputado Federal Arthur Lira
Foto: Reprodução

Na câmara, em ano de eleições, deputados têm acusado o presidente da casa, Arthur Lira de não liberar recurso do Orçamento Secreto para as candidaturas com o objetivo de tentar reeleição. Ou seja, existe insatisfações. Segundo o senador Mácio Bittar, nada havia sido licitado este ano dos recursos previstos para o Acre em emendas, algo em torno de R$ 700 milhões. Outros parlamentares fazem a mesma reclamação.

No entanto, segundo Arthur Lira (PP-AL) a liberação do Orçamento secreto de R$ 16 bilhões só acontecerá para depois das eleições.

Com isso, esses recursos podem ser fundamentais para afetar negativamente a campanha de Lira para mais dois anos no comando da Casa. Os aliados do deputado ficaram muito preocupados quando viram os atuais comandantes do PT declararem, com todas as letras, que não pretendem apoiar a reeleição de Lira.

“Lira é o símbolo desse sistema que aí está. Como esse sistema não sobreviverá, caso Lula ganhe — e eu acho que vai ganhar —, certamente vai precisar de outras opções para comandar o Congresso”, disse. Teixeira ainda teceu críticas ao Orçamento secreto. “Ele (Lira) está alimentando jacaré, que é o presidente da República. O que Lula diz é o seguinte: não terá no meu governo”, alertou secretário-geral do PT, deputado Paulo Teixeira (SP).

Com isso, Lira deve buscar alternativas caso o ex-presidente Lula da Silva (PT) seja eleito. E esse jogo inclui liberar as verbas orçamentárias apenas no final daquele mês, caso a eleição presidencial tenha dois turnos. Inclusive, os valores separados para liberação, antes das eleições, de R$ 1,5 bilhão, devem ficar para depois.

Deputados já afirmaram que se o dinheiro não sair, não fará campanha para Bolsonaro, votarão em Lira para mais dois anos na Presidência da Câmara. Muitos consideram que a retenção de recursos do Orçamento Secreto pelo comando da Casa, e das emendas individuais pelo governo, é uma “quebra de acordo”.

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