Pastor que mantinha clínicas clandestinas onde pessoas eram torturadas se entrega à polícia

O pastor Ângelo Mario Klaus Júnior, suspeito de operar duas clínicas clandestinas em Anápolis, se entregou à polícia na madrugada de sábado, dia 3. O caso envolve sérias acusações, incluindo cárcere privado e tortura. A esposa do pastor, Suelen Amaral Klaus, também foi presa.

Ele é suspeito de manter duas clínicas clandestinas onde 93 pessoas estavam em condições de cárcere privado. O pastor se apresentou à polícia por volta das 02h da madrugada, acompanhado de seus advogados.

Declaração do Suspeito

De acordo com Manoel Vanderic, delegado responsável, o pastor defendeu a inocência de sua esposa, Suelen Amaral Klaus, em seu depoimento. Ela havia sido presa na última quarta-feira e é co-acusada.

O delegado Vanderic aponta que os crimes são de extrema gravidade, com penas que podem chegar a quase 20 anos de prisão. As acusações incluem tortura qualificada e cárcere privado qualificado. Cerca de 12 a 15 vítimas estão internadas e outros crimes, como lesão corporal e tentativa de homicídio, podem ser acrescentados.

Além dos suspeitos principais, algumas famílias dos internos também estão sendo investigadas. Segundo o delegado, muitos dos internos não eram dependentes químicos e foram abandonados pelas famílias, o que também configura crime.

Resgate de 93 Pessoas em Condições Desumanas

As autoridades resgataram 93 pessoas, incluindo idosos e pessoas com deficiência, que eram vítimas de maus-tratos e tortura. Quatro funcionários das clínicas também foram presos e responderão por tortura e cárcere privado qualificados.

O pastor foi ouvido na delegacia e encaminhado para a Central de Flagrantes, onde um boletim de ocorrência foi registrado. Ele foi posteriormente enviado para a cadeia pública de Anápolis.

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