Pastores “progressistas” conquistam espaço e avançam nas redes, diz Quaest

Atualizado em 26 de novembro de 2023 às 12:36
Pastor Henrique Vieira. (Foto: Reprodução)

A dinâmica acirrada entre líderes evangélicos de diferentes orientações políticas tem marcado a paisagem digital brasileira. Mesmo após 11 meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pastores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mantêm uma presença robusta nas redes, ocupando nove das doze posições de maior influência, segundo levantamento da Quaest.

A predominância conservadora, contudo, começa a ser desafiada por uma onda progressista, representada por líderes religiosos que se autodenominam “progressistas”. Pela primeira vez, esses pastores emergem como figuras de destaque digital, com mais de um milhão de seguidores cada.

O deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) desponta como líder dessa vertente, utilizando estratégias eficazes para viralizar suas mensagens. Seu mandato na Câmara dos Deputados tornou-se uma plataforma para discutir e repercutir questões relevantes para a comunidade evangélica alinhada à esquerda.

Sem cargos políticos, aparecem na lista os pastores Caio Fábio (Igreja Presbiteriana) e o cantor gospel Kleber Lucas (Batista); este cantou na cerimônia da posse de Lula, no dia 1º de janeiro.

Outros dois pastores considerados progressistas também foram identificados pela Quaest como influentes: Hermes Fernandes (Reina) e Ariovaldo Ramos (Comunidade Cristã Renovada), com, respectivamente, 205 mil e 122 mil seguidores.

Hermes Fernandes. (Foto: Reprodução)

No entanto, o crescimento desses líderes não vem sem desafios. Rótulos como “petistas” e ameaças são enfrentados por pastores como Hermes Fernandes, que, apesar de suas posições de esquerda, enfrentou hostilidades durante o período eleitoral, chegando a deixar o país.

Embora os conservadores, como o pastor Silas Malafaia e o bispo Edir Macedo, ainda liderem a maioria do segmento evangélico nas redes, os líderes progressistas buscam questionar falas conservadoras, promovendo debates e buscando repensar posições entre os seguidores. O embate digital entre essas correntes continua a moldar o cenário evangélico nas redes sociais brasileiras.

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