
“Achamos ótimo. O Brasil merece a tarifa Moraes”, declarou na terça-feira (22) ao jornalista Octavio Guedes, do G1, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, relator de ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF).
A declaração de Figueiredo, neto do ex-ditador João Figueiredo, contrasta com a tentativa do PL de distanciar Eduardo da medida adotada por Trump. O partido avalia que as tarifas agravaram a crise da direita e cobra do deputado uma posição clara sobre seu envolvimento nas articulações internacionais.
Trump justificou a tarifa alegando que Bolsonaro sofre uma “caça às bruxas” e associou diretamente a decisão ao julgamento de Bolsonaro pelo STF, ignorando dados oficiais que mostram superávit dos EUA no comércio com o Brasil.
Figueiredo confirmou que ele e Eduardo buscavam sanções contra Moraes com base na Lei Magnitsky. “Mas o presidente Trump entendeu que o melhor caminho para obter os resultados que ele acha que são do interesse dos Estados Unidos é outro. E, ainda assim, achamos ótimo”, concluiu.

PL perde a linha com Eduardo Bolsonaro
Internamente, a avaliação é de que o “bananinha” estaria “incontrolável”, não ouviria ninguém dentro do partido e não teria contribuído com propostas para resolver a crise instaurada.
Integrantes da cúpula da sigla afirmam que o comportamento do filho “03” de Bolsonaro prejudica a coesão partidária num momento “sensível” e que sua conduta tem acentuado o isolamento político do grupo bolsonarista.