Paulo Pimenta é o cara. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 13 de novembro de 2019 às 15:39

https://twitter.com/Andre_Spigariol/status/1194609272618926081

A reação à invasão da Embaixada da Venezuela em Brasília teve um herói: Paulo Pimenta.

Às 6h da manhã desta quarta, 13, o deputado já estava no lugar certo.

Os golpistas haviam pulado o muro na madrugada. Eram cerca de 20 deles.

Pelas redes sociais, parlamentares denunciaram o crime e pediram solidariedade.

Pimenta fez isso também — mas foi para o front.

Num áudio distribuído pelo WhatsApp, a jornalista Ana Prestes, dirigente do PCdoB, contava que havia “luta corporal lá dentro”.

Por causa da reunião do BRICS, ruas da cidade estão fechadas, sob vigência de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que dificultava o acesso.

Pimenta foi, viu e entrou.

“A embaixada foi sitiada por um grupo de brasileiros e de venezuelanos. Houve confronto. Eles tentaram tomar à força esse espaço. A impressão é que parte deles é de lutadores de academia contratados”, denunciou num vídeo.

“É uma clara violação do Direito internacional. Há indícios de participação do governo brasileiro na facilitação da invasão da embaixada da Venezuela.”

O valente Eduardo Bolsonaro, naquele momento, estava no Twitter estimulando a patacoada.

O mesmo sujeito que, em agosto, incentivou a violência contra o corpo diplomático venezuelano em audiência na Câmara, acusando aquelas pessoas, sem provas, de ser traficantes de drogas.

Com autoridade e firmeza, Pimenta pôs para correr um certo Alberto Palombo, grandalhão flácido, um dos líderes do grupo pró-Guaidó.

Os invasores de propriedade privada, arruaceiros, foram para a rua.

Pimenta está lá até agora. 

Eis um cara bom para ter ao lado contra o fascismo.

Disse o Henrique V de Shakespeare em sua exortação às tropas na batalha de Agincourt:

Nós poucos, nós poucos e felizes, nós, bando de irmãos;

Pois quem hoje derramar seu sangue comigo,

Será meu irmão; seja ele o mais vil que for,

Este dia enobrecerá sua condição

E os cavalheiros ingleses que agora dormem

Se acharão amaldiçoados por não estarem aqui,

E sentirão sua honra decair, ao ouvir um outro contar

Que combateu conosco no dia de São Crispim.