PCC e CV promovem banho de sangue e tocam o terror em Sorriso, capital do Agro

Atualizado em 23 de dezembro de 2023 às 14:47
CV, sigla para Comando Vermelho, pixado em muro do Rio de Janeiro. Foto: reprodução

Sorriso, município do agronegócio em Mato Grosso, enfrenta uma violenta disputa entre facções criminosas que a transformou na cidade com mais mortes violentas do Centro-Oeste brasileiro. Recentemente, uma série de crimes brutais, incluindo homicídios e sequestro seguido de morte, evidenciam o cenário de guerra entre o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

A capital do agro viu-se envolto em uma onda de violência desde o ano passado, quando uma guerra entre facções criminosas eclodiu.

O CV, que domina o estado, entrou em conflito com dissidentes locais, originando a Tropa do Castelar.

A entrada do PCC no Mato Grosso em 2022 trouxe uma nova dinâmica à disputa, com ambos os grupos buscando o controle territorial e do tráfico de drogas na região.

A violência, predominantemente entre criminosos, tornou-se uma realidade oculta para grande parte da população, que continua a desfrutar de uma vida aparentemente pacífica no dia a dia. Contudo, os conflitos entre facções resultaram em um aumento expressivo nas mortes violentas, consolidando Sorriso como um dos municípios mais perigosos do país.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cidade registrou no ano passado 78 mortes violentas, sendo 67 homicídios, uma após lesão corporal e dez por resistência.

Em meio à escalada da violência, a polícia intensificou suas operações para conter as facções criminosas e manter a ordem pública. O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, César Augusto Roveri, destaca os esforços das forças de segurança para enfrentar os desafios apresentados pela guerra entre CV e PCC.

Cidade de Sorriso, Mato Grosso. Foto: Reprodução

“Os números, apesar de terem sido mais altos no início do ano [2023], foram fruto de brigas entre as organizações criminosas. Realmente acabaram morrendo algumas pessoas, mas pessoas que se confrontaram por questões criminais. Praticamente não teve nenhuma pessoa de bem que foi vitimada. Independente dessa informação, claro que a gente preza pela vida de todos os cidadãos, mas é um fato que a gente tem que observar”, disse Roveri, em entrevista à Folha de S. Paulo.

O governador Mauro Mendes segue a mesma linha de Roveri e justifica a situação como “bandido matando bandido”, ressaltando as medidas tomadas diariamente pelo governo para combater a violência.

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