Pedro Cardoso: Regina Duarte é o disfarce de Roberto Alvim

Atualizado em 4 de março de 2020 às 9:55
Pedro Cardoso

Publicado originalmente no Instagram do autor

POR PEDRO CARDOSO, ator

Bom dia.

Na minha opinião, o discurso de Roberto é o verdadeiro discurso do desgoverno messiânico. Ele não é um acidente nem um descuido. A revelação de sua mensagens idêntica ao nazismo de Hitler não se prende apenas a coincidência de frases semelhantes a de Goebbls, o publicitário do 3 império de mil anos; tal identidade é absoluta.

Manifesta-se na aridez da imagem, nos símbolos expostos: bandeira, cruz e foto do líder, na convicção sem hesitação com que é dito, na emoção épica que busca causar e, mais que tudo, naquilo que efetivamente diz: o sonho de uma cultura nacional única, sem as variações que são, justamente, a riqueza da nossa.

Ser único em tudo é característica de todo monoteísmo, já começam pelo deus. Agora virá Regina com palavras mais doces e tentará produzir sensação de harmonia. Mas, para mim, Regina é o disfarce de Roberto Alvim. O verdadeiro projeto cultural de Messias é a morte do Brasil que Roberto tão bem expressa ao dizer que a arte brasileira será a que ele preconiza “ou então não será nada”. Ou seja, ou é como eles determinam ou eles não deixarão que nada diferente existe. A cultura não é apenas o seu negócio. Quem precisa do Estado – e precisa realmente – é o negócio da cultura.

Mas a cultura ela mesma, anda por si. Para mim, a maior literatura brasileira é a de Cordel; e ela existe sem nenhum apoio governamental. E continuará existindo. Eu, pessoalmente, acho que negociar com o nazifascismo é colaborar com ele na medida em que se aceita implicitamente ter ele algum direito de existir.

E ele não deve ter. 57 milhões de votos na intolerância tirânica não legitimam o nazifascismo perante 87 milhões que não votaram nele. Que a democracia esteja tão precária que possibilite a eleição de tiranos antidemocráticos é um drama que tem se desenrolado desde seu nascimento.

Nos compete aperfeiçoá-la para que quem a quer destruir não tenha como se valer dela para chegar ao poder.

Minha opinião.

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Bom dia. Na minha opinião, o discurso de Roberto é o verdadeiro discurso do desgoverno messiânico. Ele não é um acidente nem um descuido. A revelação de sua mensagens idêntica ao nazismo de Hitler não se prende apenas a coincidência de frases semelhantes a de Goebbls, o publicitário do 3 império de mil anos; tal identidade é absoluta. Manifesta-se na aridez da imagem, nos símbolos expostos: bandeira, cruz e foto do líder, na convicção sem hesitação com que é dito, na emoção épica que busca causar e, mais que tudo, naquilo que efetivamente diz: o sonho de uma cultura nacional única, sem as variações que são, justamente, a riqueza da nossa. Ser único em tudo é característica de todo monoteísmo, a começar pelo deus. Agora virá Regina com palavras mais doces e tentará produzir sensação de harmonia. Mas, para mim, Regina é o disfarce de Roberto Alvin. O verdadeiro projeto cultural de Messias é a morte do Brasil que Roberto tão bem expressa ao dizer que a arte brasileira será a que ele preconiza “ou então não será nada”. Ou seja, ou é como eles determinam ou eles não deixarão que nada diferente exista. A cultura não é apenas o seu negócio. Quem precisa do Estado – e precisa realmente – é o negócio da cultura. Mas a cultura ela mesma, anda por si. Para mim, a maior literatura brasileira é a de Cordel; e ela existe sem nenhum apoio governamental. E continuará existindo. Eu, pessoalmente, acho que negociar com o nazifascismo é colaborar com ele na medida em que se aceita implicitamente ter ele algum direito de existir. E ele não deve ter. 57 milhões de votos na intolerância tirânica não legitimam o nazifascismo perante 87 milhões que não votaram nele. Que a democracia esteja tão precária que possibilite a eleição de tiranos antidemocráticos é um drama que tem se desenrolado desde o advento dela. Nos compete aperfeiçoa-la para que quem a quer destruir não tenha como se valer dela para chegar ao poder. Minha opinião.

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