Pelo menos 54 universidades federais e 51 institutos estão em greve desde abril

Atualizado em 1 de junho de 2024 às 7:42
Greve na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Foto: reprodução

Desde abril, ao menos 54 universidades, 51 institutos federais (IFs) e o Colégio Pedro II estão em greve, conforme levantamento do G1. Professores e servidores dessas instituições reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e a revogação de normas implementadas nos governos de Temer e Bolsonaro.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) aponta uma defasagem salarial de 22,71% para os professores desde 2016, solicitando uma reposição que leve essa diferença em conta.

A paralisação varia entre as instituições: em algumas, tanto professores quanto técnicos-administrativos aderiram à greve; em outras, apenas um dos grupos está paralisado. Nos institutos federais, a greve afeta aproximadamente 400 campi em todo o país.

Na última segunda-feira (27), o governo assinou um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação). Contudo, a proposta foi rejeitada pelo Andes e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

Professores das universidades federais do Ceará seguem em greve após recusarem propostas do governo. — Foto: ADUFC/Reprodução
Professores das universidades federais do Ceará seguem em greve após recusarem propostas do governo. — Foto: ADUFC/Reprodução

O Ministério da Educação informou em nota que “as demais instituições que não assinaram o acordo terão mais prazo para levarem novamente a proposta para suas bases e poderão assinar o acordo posteriormente”.

O acordo com o Proifes inclui a reestruturação da carreira docente, um reajuste salarial de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Além disso, menciona uma “reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira”, garantindo aumento salarial para os profissionais em início de carreira.

Porém, segundo o Andes, essa valorização ocorreria “às custas de mais uma desestruturação”, reduzindo o número de graus na carreira de 13 para 10.

Na última terça-feira (28), o Sinasefe declarou que “a greve não acabou”. O MEC, em nota, reforçou que está “sempre aberto ao diálogo, franco e respeitoso, pela valorização dos servidores”. Com a rejeição dos dois sindicatos, a greve continua em diversas instituições pelo Brasil.

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