Perdão de Bolsonaro a Silveira e ataques às urnas são mal vistos por eleitores, diz Quaest

Atualizado em 11 de maio de 2022 às 8:57
Daniel Silveira e Jair Bolsonaro

A nova pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (11), indica que o perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) foi um tiro no pé.

45% dos entrevistados afirmam que foi um erro o indulto para o parlamentar, anulando sua condenação a 8 anos e 9 meses de prisão pelo STF. 30% creem que o chefe do Executivo acertou.

Entre os eleitores de Lula, a avaliação negativa sobre o caso salta para 65%. Nesse grupo, apenas 14% apoiam a decisão. Já os bolsonaristas defendem, em sua maioria, a medida: 64%. Ainda assim, há 17% que discordam.

Já entre aqueles que buscam uma “terceira via”, não escolhendo nem um nem outro, o perdão a Silveira caiu muito mal: 54% o rejeitaram, e só 17% o aprovaram.

Os ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas também são mal vistos pela população. De setembro do ano passado para cá, caiu de 27% para 22% o número de eleitores que não confiam nas urnas — menor do que o eleitorado bolsonariano. 40% confiam muito. Passou de 27% para 35% os que confiam “um pouco, mais ou menos”.

Entre os eleitores do presidente, apenas 36% dizem não confiar, enquanto 23% confiam muito, e 40% um pouco. Entre os que votam em Lula, 49% confiam muito, e 31%, um pouco. Apenas 16% dos lulistas desconfiam das urnas.