Nesta sexta-feira (6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os EUA “perderam” a Rússia e a Índia para a China, que ele chamou de “sombria”. A declaração foi feita após líderes desses países participarem de um desfile militar em Pequim, descrito como um recado ao Ocidente.
“Parece que perdemos a Índia e a Rússia para a China mais profunda e sombria. Que tenham um longo e próspero futuro juntos”, escreveu Trump na Truth Social.
O republicano não deu mais detalhes sobre a afirmação, mas o comentário veio em meio ao descontentamento pela presença de Vladimir Putin e Narendra Modi ao lado de Xi Jinping no evento.
Durante o desfile, Trump acusou Xi Jinping, Putin e Kim Jong-un de articularem contra os Estados Unidos. “A China precisa muito mais de nós do que nós deles”, disse o presidente norte-americano, negando em outro momento que o ato fosse uma ameaça direta, mas reconhecendo tensões na relação.
A repercussão também chegou à Europa. A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, disse que o encontro entre China, Rússia e Coreia do Norte representou um “desafio direto à ordem internacional” e enviou “sinais antiocidentais”. Ela acrescentou: “A guerra da Rússia na Ucrânia conta com o apoio da China. São realidades às quais a Europa deve enfrentar”.
No desfile em Pequim, Xi Jinping declarou que o “mundo, agora, está diante da escolha entre paz ou guerra”. Diante de mais de 50 mil espectadores, reforçou que o povo chinês “permanece firmemente do lado certo da história” e pediu unidade internacional diante das tensões globais.
China choca o mundo ao realizar o maior desfile militar da história, exibindo sua nova geração de mísseis nucleares intercontinentais, drones invisíveis ao radar, robôs de combate e o mais avançado sistema de defesa aérea a laser já desenvolvido pic.twitter.com/7zllSjvGbn
— Pragmatismo Politico (@Pragmatismo_) September 3, 2025