Perto da inelegibilidade, Bolsonaro cogita candidatura a vereador em 2024: “Qual o problema?”

Atualizado em 23 de junho de 2023 às 15:37
Jair Bolsonaro em evento do PL no Rio Grande do Sul. Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta sexta-feira (23), que há possibilidade de ele se candidatar a vereador na próxima eleição municipal, no ano que vem.

A declaração ocorre em meio ao julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), iniciado nesta quinta-feira (22), que pode tornar o ex-mandatário inelegível por oito anos.

“Lógico que eu não quero perder meus direitos políticos. Até eu falei outro dia, né: estou pensando em ser candidato a vereador no Rio de Janeiro. Qual o problema? Não há demérito nenhum. Até vou me sentir jovem, porque geralmente a vereança é para a garotada, para os mais jovens, é o primeiro degrau da política. Em 2026, se estiver vivo até lá, e também elegível, se essa for a vontade do povo, a gente vai. Disputo novamente a presidência”, afirmou Bolsonaro durante um evento do PL na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (Alers).

O ex-presidente ainda usou o momento para dizer mais uma vez que não deveria ser condenado, usando como exemplo um precedente aberto pelo TSE em 2017. Na ocasião, ao julgar a legalidade da chapa Dilma com Temer, a Corte eleitoral absolveu a dupla ao não aceitar a inclusão de provas posteriores à abertura da ação.

“Os precedentes, usando tudo o que foi colocado na mesa em 2017, são as chamadas “jurisprudências”… Quero ser julgado da mesma forma que foi julgada a chapa Dilma-Temer em 2017. Foi uma ação do PSDB, que foi julgada essa chapa, e eles não aceitaram novas provas. E querem fazer comigo agora botando na minha conta até o 8 de janeiro”, disse.

Bolsonaro ainda reclamou do que chamou de prisões “sem qualquer processo legal”, referindo-se aos acusados de envolvimento nos atos terroristas de 8 de janeiro.

“Estamos vivendo um momento difícil no Brasil. Temos uns 300 irmãos presos em Brasília. Sem qualquer processo legal. Sem o direito à legítima defesa. Sem uma culpa formal. Para onde estamos caminhando? Nunca é tarde para acordarmos e lutarmos por esses bens, por esses valores. Nós não queremos um Brasil sem liberdade. Nós queremos um Brasil forte, unidos pela liberdade”, afirmou.

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