Pesquisa Ipec é um desastre para Bolsonaro. Por Fernando Brito

Atualizado em 15 de agosto de 2022 às 23:13
Foto de Bolsonaro com olhar sério e raivoso.
O presidente Jair Bolsonaro. Foto: AFP

Por Fernando Brito

A conjuntura não poderia ser melhor para Bolsonaro: pagamento do Auxílio-Brasil turbinado, os “vales” para taxistas e caminhoneiros caindo nas contas, redução do preço da gasolina e da eletricide e a mistificação religiosa no máximo e , ainda assim, Lula vencendo a eleição em primeiro turno.

Os 44% dados a ele pela pesquisa Ipec (o extinto Ibope) são, considerados os votos em candidatos – os válidos pela regra eleitoral – representam 51,8% dos votos, no limite da margem de erro em primeiro turno. Os 32% de Bolsonaro, sobre os válidos, são 36,8%.

É, aproximadamente, o cenário que se exprime numa simulação de 2° turno entre ambos (51% a 35%).

Esta é uma eleição que se definirá na rejeição e a de Lula não tem, neste e em outras pesquisas, subido. É a mesma que se registrou mesmo nos períodos de sua maior popularidade no governo, malgrado o reconhecimento de seu sucesso.

A pesquisa Ipec recoloca a eleição naquilo que antes de começar a “onda” de que Bolsonaro crescia em função de seu “pacote de bondades” era encarado como a realidade da disputa eleitoral, a de se Bolsonaro sobreviveria à primeira rodada de votação ou perderia já no primeiro turno.

O dado mais importante, ao meu ver, é a estabilidade da rejeição a Lula em 33% o que

Os partidários do “Jair Paz e Amor” receberam como uma derrota a pesquisa.

Dezenas de bilhões de reais de dinheiro distribuído não fizeram a diferença necessária e a turma do “Jair Sangue e Horror” está pronta para pegar as rédeas da campanha.

Não há possibilidade, mostram os números, de que progridam os candidatos nem-nem.

O embate é claro e alógica é a da migração de seus votos para Lula.

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