PF abre inquérito contra Musk e representantes do X no país terão que depor

Atualizado em 9 de abril de 2024 às 18:35
Empresário Elon Musk. Foto: Jonathan Newton/The Washington Post/Getty Images

A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para apurar se o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), cometeu o crime de “obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa e incitação ao crime”.

A investigação foi aberta a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os investigadores planejam convocar representantes da rede social para prestar depoimento e esclarecer eventuais atividades ilícitas.

Segundo o ministro, Musk iniciou no último sábado (6) “uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que foi reiterada no dia 7 de abril, instigando a desobediência e obstrução à Justiça”.

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

No despacho, Moraes também incluiu o empresário no inquérito que investiga a existência de milícias digitais, por “dolosa instrumentalização criminosa” do X. O ministro ainda proibiu a plataforma de desobedecer decisões judiciais e reativar perfis bloqueados pela Justiça.

Neste final de semana, Musk atacou Moraes e o acusou de promover censura no Brasil. O bilionário também ameaçou reativar os perfis de usuários bloqueados pela Justiça, mesmo que, segundo Musk, isso custe o fechamento da empresa no país e prejudique o lucro.

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