
A Polícia Federal informou que a defesa de Jair Bolsonaro deverá apresentar um laudo médico para justificar a necessidade de uma dieta especial caso deseje manter o envio de refeições feitas por Michelle Bolsonaro à Superintendência da PF, em Brasília. O ex-presidente está preso após determinação do Supremo Tribunal Federal, que confirmou o trânsito em julgado da condenação por tentativa de golpe após a derrota eleitoral de 2022. Com informações do Globo.
Bolsonaro não tem consumido as refeições fornecidas internamente e recebe diariamente comida preparada por Michelle. A rotina passou a gerar preocupação na PF, que afirma não ter como assegurar a procedência dos alimentos levados de fora. A corporação teme assumir responsabilidade caso Bolsonaro apresente algum problema de saúde relacionado à alimentação.
Segundo fontes da PF, a regra geral em situações de custódia prevê que a comida seja fornecida pela própria polícia. No entanto, em casos de restrições alimentares comprovadas, a instituição pode permitir exceções. Por isso, a corporação aguarda um laudo médico registrado no STF que indique exatamente o que Bolsonaro pode ou não ingerir.

A PF afirma que, se a dieta recomendada puder ser atendida com alimentos já disponíveis na unidade, como arroz, feijão, carne e itens básicos, as refeições externas serão proibidas. A decisão final deve ser tomada após o envio do laudo à Corte, que repassará a orientação à superintendência responsável pela custódia.
Após visitar o pai nesta terça-feira (25), o senador Flávio Bolsonaro declarou que seria “um absurdo” vetar a entrega dos alimentos levados por Michelle. Ele afirmou que a situação envolve questões de saúde e idade do ex-presidente. Segundo o senador, Bolsonaro mantém receio de sofrer envenenamento caso consuma alimentos preparados pela PF.
Bolsonaro foi preso preventivamente no sábado (22) após violar a tornozeleira eletrônica que usava enquanto cumpria prisão domiciliar. Com a decisão do ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (25) confirmando o trânsito em julgado, o ex-presidente deve cumprir na carceragem da PF a pena de 27 anos e três meses imposta pelo STF.