PF deflagra operação para prender suspeitos de planejar morte de senador e promotor de Justiça

Atualizado em 22 de março de 2023 às 10:28
Agentes da Polícia Federal (PF) – Foto: Marcelo Camargo

Na manhã desta quarta-feira (22), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra o PCC por planejar matar e sequestrar um senador e um promotor de Justiça, segundo o ministro da Justiça, Flavio Dino. A ação foi batizada de Sequaz. Até o momento, 9 pessoas foram presas, 6 delas na região de Campinas, em São Paulo.

Os policiais cumprem 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão em Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. A PF informou que os principais investigados foram encontrados em São Paulo e no Paraná.

Os alvos dos mandados são:

  • Janeferson Aparecido Mariano;
  • Patrick Uelinton Salomão;
  • Valter Lima Nascimento;
  • Reginaldo Oliveira de Sousa;
  • Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan;
  • Claudinei Gomes Carias;
  • Herick da Silva Soares;
  • Franklin da Silva Correa.

De acordo com os investigadores, os planos seriam retaliação de integrantes da facção criminosa por causa de uma portaria do governo que proibia visitas íntimas em presídios federais. Atentados eram planejados desde o ano passado.

Sede da Polícia Federal (PF) em Brasília – Foto: Reprodução

Segundo a PF, os suspeitos pretendiam “realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro”. Os policiais também identificaram que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea.

No Twitter, o Senador Sergio Moro (União Brasil) afirmou que era um dos alvos do grupo criminoso e disse que vai fazer um pronunciamento sobre os planos de retaliação contra ele.

“Sobre os planos de retaliação contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”, escreveu Moro.

Os alvos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Moro. Além disso, a família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa.

Outro alvo do grupo era Lincoln Gakyia, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente, interior de São Paulo. Também era alvo dos atentados um comandante de Polícia Militar.

Nas redes sociais, Flávio Dino comentou a operação. “Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha. Meus cumprimentos às equipes da PF pelo importante trabalho”, escreveu Dino.

Confira:

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