PF descarta interesse em delação de ex-assessor de Bolsonaro; entenda

Atualizado em 14 de março de 2024 às 7:47
O ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) não tem interesse em estabelecer um acordo de delação premiada com o coronel da reserva e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Marcelo Câmara. Ele está preso desde fevereiro em relação à investigação sobre a tentativa de golpe.

Embora a defesa do militar tenha mencionado a possibilidade de uma delação, os investigadores observam um conflito de interesses entre os clientes representados pelo advogado, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Além de defender Câmara, Luiz Eduardo Kuntz também representa o ex-assessor de Bolsonaro na Presidência, Tércio Arnaud, acusado de participação no “gabinete do ódio” do Palácio do Planalto e investigado no mesmo inquérito sobre a tentativa de golpe.

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Tércio Arnaud e Bolsonaro. Foto: reprodução

Kuntz afirmou ao jornal Valor Econômico que, se Câmara for convocado para depor novamente, está aberto a discutir uma possível delação premiada. O militar foi interrogado pela PF em 22 de fevereiro, mas optou por permanecer em silêncio, alegando a presença de seu advogado acompanhando Arnaud.

Após esse episódio, o advogado solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Câmara fosse novamente ouvido, mas os investigadores não consideraram necessária uma nova oitiva.

Marcelo Câmara foi detido durante uma operação em 8 de fevereiro, e as investigações indicam que ele era responsável por monitorar de perto o ministro e relator do caso, Alexandre de Moraes, informando seus movimentos a Mauro Cid.

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