
O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares desviaram joias que ultrapassam R$ 6,8 milhões em valor de mercado, segundo a Polícia Federal. A investigação da corporação aponta que seus auxiliares venderam presentes oficiais e entregaram valores a ele em espécie.
O relatório informava que o montante era de R$ 25 milhões (US$ 4.550.015,06), mas a PF esclareceu nesta segunda-feira (8) que houve um erro material na conclusão. O valor total, na verdade, é de R$ 6,8 milhões (US$ 1.227.725,12). O documento não menciona quanto desse valor chegou a Bolsonaro, já que parte dos itens vendidos foram recomprados.
“Os elementos acostados nos autos evidenciaram a atuação de uma associação criminosa voltada para a prática de desvio de presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente da República JAIR BOLSONARO e/ou por comitivas do governo brasileiro, que estavam atuando em seu nome, em viagens internacionais, entregues por autoridades estrangeiras, para posteriormente serem vendidos no exterior”, diz a PF.
Segundo o documento, a associação criminosa que envolvia Bolsonaro tentou “legalizar” a incorporação desses bens ao patrimônio pessoal do ex-presidente, por meio do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), para vendê-los posteriormente. O valor dos itens era convertido em dinheiro em espécie para pagar despesas pessoais do ex-presidente e “ocultar a origem, localização e propriedade” do montante.

Os valores obtidos com a venda ilegal das joias foram usadas pelo ex-presidente para custear suas despesas nos Estados Unidos, de acordo com o relatório da PF. “A utilização de dinheiro em espécie para pagamento de despesas cotidianas é uma das formas mais usuais para reintegrar o ‘dinheiro sujo’ à economia formal, com aparência lícita”, aponta.
A corporação aponta que o valor movimentado no esquema gera um “enriquecimento inadmissível pelo presidente da República, pelo simples fato de exercer uma função pública”. Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato (apropriação de bem público) pela Polícia Federal.
Além dele, outras 11 pessoas foram indiciadas pelo esquema. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do inquérito e determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em até 15 dias sobre o caso.
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