
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu rigorosas condições de segurança para a internação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se submeterá a uma cirurgia no Hospital DF Star, em Brasília. Na decisão, o magistrado determinou que o transporte até o hospital seja realizado de maneira discreta, com desembarque nas garagens da unidade de saúde.
A Polícia Federal será responsável pela vigilância e segurança durante toda a estadia do ex-presidente, com equipes de prontidão e, no mínimo, dois policiais federais na porta do quarto. Além da fiscalização constante, Moraes vetou a entrada de equipamentos como computadores e telefones celulares no quarto de Bolsonaro, permitindo apenas equipamentos médicos necessários para o tratamento.
Em sua decisão, Moraes também restringiu o número de pessoas autorizadas a acompanhar Bolsonaro durante a internação. Apenas a esposa, Michelle Bolsonaro, está autorizada a ficar com ele, seguindo as regras do hospital.
Quanto aos filhos de Bolsonaro, o senador Flávio (PL-RJ) e o ex-vereador Carlos (PL), eles só poderão visitá-lo com “prévia autorização judicial”.

A cirurgia de Bolsonaro está marcada para quinta (25), no dia de Natal, e foi autorizada após manifestação favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). O ex-presidente está preso desde 22 de novembro, quando violou a tornozeleira eletrônica que usava em prisão domiciliar.
A decisão de Moraes sobre a realização da cirurgia segue a recomendação de uma perícia realizada pela Polícia Federal, que identificou as hérnias inguinais como um problema de saúde que precisava de intervenção.
O laudo da PF indica que Bolsonaro sofre de uma hérnia que afeta ambos os lados da virilha de Bolsonaro. Segundo a corporação, o procedimento é eletivo e não urgente, mas deveria ser realizado “o mais breve possível” para evitar complicações.