PF intima 10 participantes da reunião golpista de Bolsonaro a depor; veja quem são

Atualizado em 19 de fevereiro de 2024 às 16:31
Reunião ministerial na qual Jair Bolsonaro convoca ministros a agir antes da eleição. Foto: reprodução

Após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser intimado para depor na Polícia Federal, a Operação Tempus Veritatis, que investiga a trama golpista em 2022, outros líderes do bolsonarismo foram convocados pela PF. Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, dez investigados, incluindo Bolsonaro, foram devem depor na quinta-feira (22), às 14h30, em Brasília.

Entre os intimados estão Valdemar Costa Neto (presidente do PL), e ex-ocupantes de cargos de comando no governo passado, como Anderson Torres (Ministro da Justiça), Augusto Heleno (Chefe do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (Ministro da Defesa), Mário Fernandes (Chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República), Walter Braga Netto (Ministro Chefe da Casa Civil e candidato a vice-presidente da República), Almir Garnier (comandante da Marinha) e Cleverson Ney Magalhães, (coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres).

A PF considera a reunião realizada em julho de 2022, na qual Bolsonaro e seus aliados discutiram estratégias golpistas, como uma peça-chave na investigação.

Esta não é a primeira vez em que o ex-presidente é intimado pela PF, tendo sido chamado a depor seis vezes desde que deixou o cargo. A investigação também inclui a apreensão de seu celular e a quebra de seus sigilos fiscal e bancário.

As evidências contra Bolsonaro são robustas, incluindo um vídeo da reunião de julho de 2022, no qual ele e seus ministros discutiram a disseminação de fake news e a possibilidade de um golpe. Além disso, uma minuta de decreto golpista foi encontrada em sua sala na sede do PL em Brasília.

A defesa de Bolsonaro nega qualquer envolvimento em atividades golpistas, afirmando que ele sempre respeitou o Estado Democrático de Direito. No entanto, os inquéritos em estágio avançado podem resultar em denúncias e pedidos de indiciamento em breve.

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