A Polícia Federal está investigando a suspeita de que a Agência Brasileira de Informações (Abin) foi utilizada para fornecer informações sobre opositores políticos aos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com informações de Daniela Lima, do G1.
De acordo com uma fonte da PF, a agência teria fabricado evidências com o objetivo de favorecer o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan, filho mais novo do presidente, em investigações nas quais eram alvos.
Durante a gestão de Jair Bolsonaro, a Abin foi dirigida por Alexandre Ramagem (PL-RJ), atualmente deputado federal e amigo da família do ex-presidente. Ramagem é suspeito de utilizar a agência para espionar adversários políticos, e nesta quinta-feira (25), a PF realizou buscas contra ele.
Na mesma época, o Ministério Público do Rio de Janeiro investigava Flávio Bolsonaro por suspeita de desvio de dinheiro de funcionários de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, durante seu período como deputado estadual de 2003 a 2018.
Em 2020, Flávio foi denunciado pelo MP como chefe de uma organização criminosa que desviou R$ 6 milhões (em valores da época). Ele sempre negou as acusações e, em 2021, obteve no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a anulação de todas as decisões do juiz do caso.
No final daquele ano, a Revista Época revelou documentos indicando que a Abin teria sido utilizada para proteger Flávio no caso.
A Polícia Federal (PF) conduziu buscas nesta quinta-feira (25) contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com base em indícios encontrados durante buscas realizadas em outubro do ano passado nos computadores e celulares da Abin.
Na ocasião, a PF coletou dados dos telefones funcionais de servidores e de computadores da agência, identificando indícios que apontam Ramagem como responsável por autorizar a espionagem ilegal de autoridades.
Informações também sugerem que o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (União-RJ) teria sido uma das autoridades espionadas ilegalmente, de acordo com o Blog da Camila Bomfim, do G1.
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