A Polícia Federal concluiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não cometeu crimes por interferências realizadas por meio da nomeação e tentativas de mudanças de cargos na instituição policial.
No relatório final enviado ao Supremo Tribunal Federal(STF), a PF também apontou que não houve delito na atuação do ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) pelas acusações feitas ao presidente ao se demitir do cargo, em abril de 2020.
A investigação foi aberto para apurar as acusações de que Bolsonaro demitiu o diretor-geral da PF Maurício Valeixo por querer interferir e obter informações de investigações. Depois de quase dois anos, o inquérito foi concluído hoje (30) e enviado ao STF.
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Provas contra Bolsonaro são insuficientes para caracterizar crime
À época, o ex-ministro falou da insistência de Bolsonaro em trocar o superintendente da PF do Rio. Em um vídeo de uma reunião ministerial obtido pela investigação, o próprio presidente disse que não iria esperar seus amigos e familiares serem prejudicados, verbalizando seu desejo de intervir. O relatório indica que as provas não foram suficientes para concluir suposta interferência do presidente.
“No decorrer dos quase dois anos de investigação, dezoito pessoas foram ouvidas, perícias foram realizadas, análises de dados e afastamentos de sigilos telemáticos implementados. Nenhuma prova consistente para a subsunção penal foi encontrada. Muito pelo contrário, todas testemunhas ouvidas foram assertivas em dizer que não receberam orientação ou qualquer pedido, mesmo que velado, para interferir ou influenciar investigações conduzidas na Polícia Federal”, afirma o documento.