Dois empresários bolsonaristas e um motorista de aplicativo foram presos, em Colorado do Oeste e Cerejeiras, em Rondônia. Eles são indiciados por associação criminosa, incêndio e constrangimento ilegal durante os bloqueios feitos na BR-435 em novembro após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.
As prisões ocorreram na operação Eleutéria, iniciada ontem em ação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público de Rondônia (MP-RO), com apoio dos Grupos de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) e de Segurança Pública (GAESP), Polícia Civil e Polícia Militar.
De acordo com a Polícia Federal, os empresários bolsonaristas e o motorista lideraram grupos extremistas para fechar a principal rodovia que interliga os municípios do sul de Rondônia.
A PF diz que o trio chegou a fazer ameaças a servidores da educação que tentavam chegar na área urbana de Colorado do Oeste. Além disso, crianças que dependiam de tratamento de saúde foram impedidas pelos manifestantes de passar pelo bloqueio, o que causou risco para a saúde e ao patrimônio dos cidadãos.
“Mesmo pessoas com crianças que dependiam de tratamento de saúde foram impedidas e constrangidas pelo grupo de manifestantes”, afirma a PF.
Os nomes dos três presos não foram divulgados. A PF vai seguir com a operação e analisar os materiais apreendidos na casa dos investigados. Além dos mandados de prisão, os policiais cumpriram três ordens de busca e apreensão.
O trio deve responder por associação criminosa, constrangimento ilegal e incêndio, cujas penas somadas podem chegar a 10 anos de cadeia.