Na noite desta quarta-feira (28), a Polícia Federal realizou as primeira prisões de suspeitos de participação nos atos terroristas protagonizados por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, no último dia 12.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, duas pessoas foram presas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Uma delas no Rio de Janeiro e a outra em Brasília. No total, os grupos de pessoas vestidos com camisetas verde e amarelo incendiaram 25 carros e cinco ônibus.
A bolsonarista presa em Brasília foi identificada como Klio Hirano. Nas redes sociais, a apoiadora do ex-capitão publicou diversos registros das participações em acampamentos golpistas em frente ao QG do Exército, em Brasília, contra o resultado das eleições que deram a vitória ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A bolsonarista também compartilhou um vídeo em frente à sede da Polícia Federal no dia do vandalismo no DF. Na gravação, a simpatizante do chefe do Executivo diz: “É hoje que a gente vai ter a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que a gente está tando procurando”.
Outro alvo detido pelas forças policiais é Átilla Reginaldo Franco de Melo, 41 anos, que recebeu voz de prisão em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Átilla fez campanha para Bolsonaro e chegou a passar pelo acampamento do QG do Exército em Brasília, junto com a esposa.
As medidas fazem parte de uma operação maior deflagrada na manhã desta quinta-feira (29). São 32 mandados a serem cumpridos. Além do DF, a operação ocorre em mais sete estados: Pará, Tocantins, Ceará, Rio, São Paulo, Rondônia e Mato Grosso.
A investigação revelou que os vândalos estavam acampados em frente ao QG do Exército ou passaram pela concentração de bolsonaristas. Após análises detalhadas, policiais civis identificaram a participação de cada um dos presos nos atos e detectou, ainda, três responsáveis por comprar os combustíveis usados na depredação de bens públicos e particulares.
Veja fotos dos detidos:
