PF rastreia e prende militar que financiou atos antidemocráticos

Atualizado em 17 de janeiro de 2023 às 12:48
O subtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Roberto Henrique de Souza Júnior
Foto: Reprodução

Na manhã desta segunda-feira (16), a Polícia Federal (PF) prendeu o subtenente do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (CBMERJ), Roberto Henrique de Souza Júnior (Patriota), de 52 anos, por suspeita de organizar e financiar as invasões terroristas em Brasília (DF).

O bombeiro militar também foi preso acusado de organizar e financiar bloqueios antidemocráticos nas rodovias Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, após o resultado das eleições. O socorrista, que estava há 33 anos na Corporação, foi preso em sua casa no Rio.

Roberto foi encontrado pela PF através de uma chave de transferência Pix. Segundo as investigações, o subtenente realizou diversas transferências para financiar grupos bolsonaristas. Apesar disso, a PF ainda acredita que o bombeiro militar não seja a ponta do esquema, apenas mais um “laranja”.

Nas eleições de 2018, o subtenente foi candidato a deputado federal, e disputou por um dos partidos ligados à base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Patriota, mas não conseguiu se eleger. De acordo com o Portal da Transferência, o salário bruto do subtenente, que é conhecido como “Júnior Bombeiro” é de R$ 16,432.04.

Na manhã desta segunda, antes da prisão do bombeiro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Ulysses, que mira suspeitos de ligação com atos antidemocráticos após os segundo turno das eleições, incluindo os do último domingo (8), na invasão das sedes dos Três Poderes.

A investigação foi aberta com objetivo de identificar bolsonaristas que lideraram os bloqueios em rodovias em Campos dos Goytacazes, organizaram manifestações em frente a quartéis do Exército na cidade e financiaram os atos terroristas que ocorreram em Brasília. Outros dois financiadores também foram encontrados e presos.

O bombeiro bolsonarista usava suas redes sociais para expressar suas preferências políticas há ao menos dez anos. O homem já se posicionou contra o PT, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e contra as medidas de restrição da pandemia de covid-19.

O subtenente, que foi retirado de suas funções, está preso conforme decisão judicial e deve ter sido conduzido, ao Grupamento Especial Prisional da (GEP) da corporação, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde ficará à disposição da Justiça.

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