
Após nova reabertura das investigações sobre a facada em Jair Bolsonaro (PL) ocorrida em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral de 2018, o delegado Martin Bottaro Purper estaria cogitando a hipótese de ligação de Adélio Bispo dos Santos, autor do atentado, com o Primeiro Comando da Capital, o PCC.
A linha de investigação se encaixa com os anseios do próprio Jair Bolsonaro, que nunca se deu por satisfeito com as conclusões anteriores dos investigadores. A retomada dessa hipótese, que com frequência é alardeada por apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais, coincide com as sucessivas mudanças na direção da PF, ocorridas após o presidente dizer de viva-voz que a corporação não poderia agir contra seus interesses.
Em dois relatórios, o delegado Rodrigo Morais Fernandes, encarregado do caso até o ano passado, concluiu que Adélio agiu sozinho no dia do atentado. Ele não encontrou indícios da participação de terceiros no atentado contra o então candidato presidencial. Morais já havia descartado, inclusive, a ligação do PCC com o atentado.
Em diversas oportunidades, em público e em privado, o presidente se queixou do trabalho da PF. O Ministério Público Federal concordou com o resultado da apuração conduzida por Morais e propôs o arquivamento da apuração.