PGR: Cid disse em delação que Bolsonaro pediu monitoramento de Moraes

Atualizado em 18 de fevereiro de 2025 às 23:49
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com expressão de estranhamento
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes – Reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou novos trechos da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. Com informações do g1.

Segundo o documento, Mauro Cid afirmou que Bolsonaro ordenou que um grupo monitorasse o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Sobre as solicitações feitas à Marcelo Câmara às vésperas do Natal, informou que quem solicitou o monitoramento do Ministro Alexandre de Moraes ‘foi o ex-Presidente Jair Bolsonaro'”, detalha a PGR na denúncia.

O celular de Mauro Cid e seu depoimento foram cruciais para elucidar os planos da tentativa de golpe, incluindo a existência da operação denominada Punhal Verde Amarelo.

ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com cara de choro, perto de microfone
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

Entre as provas apresentadas pela PGR, consta a atuação de Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima na chamada operação “Copa 2022”, que previa um atentado contra Alexandre de Moraes, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva(PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Quatro militares do Exército e um agente da Polícia Federal foram presos em novembro de 2024, suspeitos de integrarem o plano para assassinar autoridades públicas. Após a eleição presidencial, os deslocamentos dessas figuras políticas passaram a ser monitorados pelo grupo.

Conforme investigação da Polícia Federal, o monitoramento teve início após uma reunião realizada na residência do ex-ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro. Entre as estratégias consideradas pelo grupo, estava até mesmo a possibilidade de envenenar o ministro Alexandre de Moraes.

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