A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os passageiros brasileiros que hostilizaram o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e sua família no aeroporto de Roma. O caso ocorreu em julho do ano passado.
Roberto Mantovani Filho foi denunciado por calúnia, injúria e injúria real. A esposa e o genro do empresário, Andréia Munarão e Alex Zanatta Bignotto, foram denunciados por calúnia e injúria.
O caso agora será analisado pelo STF, que decidirá sobre a abertura de processo contra os acusados. Se a 2ª Turma da Corte aceitar a denúncia, os três se tornarão réus e responderão formalmente pelos crimes.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, afirmou na denúncia que “não há dúvidas” de que as ofensas foram dirigidas a Moraes devido sua atuação no Judiciário, com “o objetivo de constranger e de provocar reação dramática”.
“A falsa imputação da conduta criminosa ao Ministro foi realizada pelos acusados de maneira pública e vexatória. É claro o objetivo de constranger e de provocar reação dramática. O registro em vídeo das passagens vexatórias, posteriormente compartilhado em redes sociais, atendia ao propósito de potencializar reações violentas de outros populares contra o Ministro, agredido pelo desempenho das suas atribuições de magistrado, pondo em risco, igualmente, a sua família, captada nas imagens”, escreveu Gonet.