PGR denuncia Zambelli por porte ilegal e constrangimento com arma de fogo

Atualizado em 25 de janeiro de 2023 às 18:26
A deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL) armada perseguindo um homem negro na véspera das eleições
Foto: ReproduçãoGR

A deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL) foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A ação contra a bolsonarista é movida por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo, por causa do ocorrido antes do segundo turno do pleito no ano passado.

A PGR solicitou ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a decretação da pena de perda da arma e cancelamento definitivo do porte de arma de fogo de Zambelli. Além disso, que ela seja condenada por danos morais coletivos, no valor de R$ 100 mil.

O magistrado, que foi quem autorizou operação de busca e apreensão contra Zambelli, atendeu o pedido da vice-procuradora geral da República, Lindôra Araújo, que alegou haver “necessidade resguardar a ordem pública diante do tensionamento político vivenciado e da iminente transição pacífica de poder”.

A defesa da deputada bolsonarista, em contrapartida, alegou que a PGR não levou em conta fatores fundamentais que foram apresentados.

Segundo o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, a defesa ainda argumentou que o porte de arma de Zambelli é federal e não somente um registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), que estavam proibidos de portar armamentos na véspera, durante e um dia após a eleição pelo TSE.

Novamente, em mais uma tentativa de livrar a culpa da deputada, a defesa informou que os outros quatro homens que supostamente cercaram a parlamentar não foram identificados. E informaram que o homem negro que teve uma arma apontada contra si se recusou a cumprir ordem de prisão dada por um policial militar que acompanhava Zambelli.

“Espero que o ministro Gilmar Mendes observe os artigos 301 e 302 do Código de Processo Penal, que provam minha inocência, além das diversas provas como a perícia e as testemunhas que comprovam que fui vítima de violência política e agi conforme manda a lei”, afirma a parlamentar.

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