PGR: Família Brazão tornou áreas dominadas por milícias em seus redutos eleitorais

Atualizado em 12 de maio de 2024 às 9:14
Deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Foto: Reprodução

O deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), formaram alianças com as milícias, grupos paramilitares formados principalmente por policiais aposentados e na ativa, no início dos anos 2000. Com informações do Globo.

A informação consta na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que aponta os irmãos Brazão como os mandantes das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

De acordo com o documento, essa aproximação ajudou os irmãos a explorar o mercado imobiliário irregular e transformou comunidades controladas por milicianos em redutos eleitorais dos Brazão.

Locais como o Bairro de Oswaldo Cruz, Rio das Pedras e Jacarepaguá são mencionados no documento.

Em Rio das Pedras, por exemplo, Domingos Brazão foi o mais votado para deputado estadual nas eleições de 2010 e 2014. Já seu irmão, Chiquinho Brazão, obteve sucesso nas eleições municipais de 2012 e 2016, sendo o mais votado para vereador.

Vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Foto: Reprodução

Em Oswaldo cruz, a PGR citou o sargento PM Edmilson da Silva Oliveira, conhecido como Macalé, que exercia funções típicas de milicianos, enquanto os irmãos Brazão detinham influência política na região.

Macalé teria procurado Ronnie Lessa para executar o crime, o militar foi morto em novembro de 2021, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Já em Rio das Pedras, o documento menciona o miliciano Marcus Vinicius Reis dos Santos, conhecido como “Fininho”, que, segundo a denúncia, teve benefícios decorrentes da aliança com os Brazão, incluindo nomeações na Assembleia Legislativa do Rio. O miliciano foi preso em 2019 na Operação Intocáveis, do Ministério Público do Rio (MPRJ), e condenado a cinco anos de prisão por ser um dos chefes do grupo paramilitar que domina a comunidade.

“Já em Rio das Pedras, foi o trânsito propiciado pelo miliciano Marcus Vinicius Reis dos Santos, conhecido por “Fininho”, que permitiu que Domingos Inácio Brazão fosse o candidato mais votado para o cargo de Deputado Estadual na região, nos anos de 2010 e 2014. Na mesma localidade, João Francisco Inácio Brazão figurou como o candidato a vereador que recebeu mais votos nas eleições municipais de 2012 e 2016, conforme dados consolidados no Relatório Final “, diz um trecho da denúncia da PGR.

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