
No dia 14 de setembro, o ministro do STF Alexandre de Moraes desconsiderou a posição da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao emitir uma nova ordem de prisão preventiva contra os bolsonaristas Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos. Ambos já estavam foragidos devido a uma ordem de prisão anterior, também decretada por Moraes durante o governo Bolsonaro.
A Polícia Federal (PF) havia solicitado a prisão de Eustáquio e Allan dos Santos, alegando que estavam envolvidos em atividades que ameaçam a ordem pública e a integridade das investigações. No entanto, a PGR se opôs à medida, segundo informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que “não existem atividades ilícitas novas ou recentes, aptas a indicarem a permanência de riscos à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal”, conforme um documento enviado ao STF no final de julho
Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos estão sendo investigados por supostos crimes como obstrução de investigação, violação de segredo, incitação ao crime e corrupção de menores. A PF alega que o grupo utilizou as redes sociais para ameaçar e intimidar delegados envolvidos em processos no STF.

Além das novas ordens de prisão, Moraes determinou a apreensão do passaporte e o bloqueio das redes sociais do senador Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo. Apesar da solicitação da PF para a prisão do senador, a PGR e Moraes decidiram não seguir com essa medida.
A PF também executou um mandado de busca na casa de Eustáquio em Brasília, onde vivem sua esposa e filha adolescente. A investigação sugere que a jovem pode estar ajudando Eustáquio a contornar as restrições impostas pelo STF. Atualmente, Eustáquio está na Espanha, onde solicitou asilo político.