
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta quinta-feira (5) um parecer da Polícia Federal (PF) sobre as justificativas apresentadas pelo X (antigo Twitter) a respeito das transmissões ao vivo realizadas por perfis que foram suspensos por determinação judicial.
O pedido, que tem como objetivo verificar a veracidade das explicações técnicas fornecidas pela empresa, foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O procurador-geral da República vem, à presença de Vossa Excelência, em atenção à decisão proferida em 18.7.2024, requerer o envio dos autos à autoridade policial, para que o setor pericial competente possa examinar os esclarecimentos prestados pela plataforma X e avaliar sua verossimilhança”, escreveu Gonet.
Em abril, a PF identificou ao menos seis perfis ativos no Brasil que, apesar de bloqueados por ordem judicial, conseguiram realizar transmissões ao vivo e interagir com outros usuários. Entre os perfis favorecidos, segundo a corporação, estão os dos blogueiros bolsonaristas Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio e Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, além do senador Marcos do Val, o comentarista Rodrigo Constantino e o canal Terça Livre.
A rede social justificou que houve uma “falha técnico-operacional” no acesso pelo aplicativo. Segundo o X, os próprios usuários bloqueados “tentam burlar as medidas restritivas de forma persistente” por meio da criação de novas contas e da exploração de “vulnerabilidades sistêmicas”.