Pivô da saída de Gabriela Prioli, “âncora” da CNN contracenava com cobra de pelúcia na Record

Atualizado em 29 de março de 2020 às 23:12

É preciso esperar alguma coisa de algo ou alguém para se decepcionar.

Com a CNN Brasil vale o mesmo que para Bolsonaro: é de onde menos se espera que não vem nada mesmo.

O jornalista Gilberto Nascimento, especialista em Universal, contou das relações do CEO Douglas Tavolaro e da suspeita de ele ser testa de ferro de Edir Macedo.

Não há, a rigor, nenhuma razão para trocar a Globo News por aquilo. O cenário e os jornalistas são os mesmos, apenas ainda mais à direita.

O apoio a Bolsonaro é evidente. O próprio fez propaganda da emissora.

Gabriela Prioli, que participava de um programa com o nome idiota de “Grande Debate”, parecia ser diferente. Pediu demissão hoje pelo Twitter.

A atração consistia em Gabriela discutir com dois bolsonaristas rematados, Caio Coppola e um tal Tomé Abduch, famoso por chorar em manifestações de extrema direita.

A gota d’água, aparentemente, foi um dia que o mediador Reinaldo Gottino saiu do armário e resolveu ajudar Abduch, uma besta.

Gottino, como um Sergio Moro, abandonou a posição de juiz e passou a apertar Gabriela enquanto o panaca Abduch olhava, satisfeito como um menino que fez cocô na calça e a mãe culpa a babá.

Gottino é ex-apresentador do Balanço Geral, da Record, e virou subcelebridade com um quadro chamado “A Hora da Venenosa”, dedicado a fofocas.

O sujeito contracenava com a jornalista Fabíola Reipert e uma cobra de pelúcia chamada Judite. Sim, um ofídio de mentirinha era a estrela da coisa.

Ninguém merece.

Gabriela saiu ganhando. Gottino sempre terá uma Judite.

Em dois meses de vida, a CNN já teve sua primeira grande crise pública e mostrou a quem e para que serve.