
Após expulsar Yury do Paredão (CE) por “fazer o L”, o PL puniu outros oito parlamentares que se aproximam do presidente Lula. Os deputados foram suspensos por três meses em comissões da Câmara após votos favoráveis à reestruturação ministerial da gestão petista. A informação é do jornal O Globo.
Segundo documento que suspende os parlamentares, eles votaram “em desacordo com o determinado pela resolução administrativa”. A orientação da sigla era de que os parlamentares votassem contra a Medida Provisória, mas Yuri e outros sete votaram a favor e um se absteve.
Os deputados punidos são Detinha (MA), Bacelar (BA), Josimar Maranhãozinho (MA), Junior Lourenço (MA), Junior Mano (CE), Matheus Noronha (CE), Pastor Gil (MA)e Vinicius Gurgel (AP). Eles estão suspensos das comissões que fazem parte e não poderão ser indicados como suplentes ou titulares.
A decisão do PL impacta diretamente as comissões que eles fazem parte, incluindo CPIs: Bacelar é titular no colegiado que investiga a empresa Americanas e Yuri, nas Apostas Esportivas.
Além do voto na reestruturação ministerial, os parlamentares têm votado com frequência junto com o governo, como a Reforma Tributária, que teve vinte votos favoráveis do PL. Bacelar é o “mais infiel” da legenda e tem acompanhado o governo em quase todas as votações, exceto a da derrubada do Marco do Saneamento, quando não participou da votação.
“Quem contrariar o partido em votações, vai sofrer sanções. Internamente já foi discutido que em votações normais aceitamos, dentro de um limite, que alguns deputados apoiem o governo por terem outra realidade. Mas quando for pela defesa do conservadorismo, pautas religiosas, o partido fecha questão e é preciso acompanhar”, afirmou Altineu Côrtes (PL-RJ), líder do partido na Câmara.