Plano de asilo político na Argentina pode levar Bolsonaro à prisão comum, temem aliados

Atualizado em 21 de agosto de 2025 às 6:27
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

Aliados próximos de Jair Bolsonaro (PL) e integrantes de sua defesa admitem preocupação crescente após a descoberta de um documento que solicita asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

O arquivo, encontrado no celular do ex-presidente durante operação da Polícia Federal (PF), não tem data nem assinatura, mas é visto como forte indício de que Bolsonaro cogitava deixar o Brasil para escapar de processos judiciais.

O temor entre conselheiros jurídicos e aliados é que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), interprete o episódio como tentativa de fuga e converta a prisão domiciliar em regime fechado, seja em presídio comum ou em unidade militar, antes mesmo do julgamento sobre a tentativa de golpe.

Javier Milei, presidente da Argentina, e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

“O conteúdo revela que JAIR MESSIAS BOLSONARO praticou atos para obter asilo político na Argentina. Embora se trate de um único documento em formato editável, sem data e assinatura, seu teor revela que o réu, desde a deflagração da operação Tempus Veritatis, planejou atos para fugir do país, com o objetivo de impedir a aplicação da lei penal. Trata-se do arquivo Carta JAIR MESSIAS BOLSONARO.docx, o qual, conforme seus metadados, foi salvo no celular do ex-presidente no dia 10/02/2024 às 18h28min”, diz a PF.

Outro fator que reforça o risco de prisão comum é a decisão de Moraes de dar 48 horas para que Bolsonaro explique o descumprimento de medidas cautelares e o possível plano de fuga. Além disso, o ministro determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o caso.