
As medidas cautelares determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) frustraram os planos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu partido para as eleições de 2026. Impedido de sair de casa após as 19h e aos fins de semana, Bolsonaro confirmou que terá dificuldade para deixar Brasília. O plano do PL de impulsionar candidaturas ao Senado em todo o país perdeu o fôlego. Com informações do UOL.
As viagens que Bolsonaro faria com o projeto “Rota 22”, idealizado pelo senador Rogério Marinho (RN), foram canceladas. A iniciativa previa visitas de três dias a estados do Nordeste, com o objetivo de transferir capital político a nomes que concorrerão ao Senado com o número 222, escolhido como marca bolsonarista. O ex-presidente planejava eleger ao menos 40 senadores, incluindo aliados de partidos próximos.
A atuação direta nas ruas também está comprometida. Bolsonaro não poderá liderar manifestações tradicionais da direita, como os atos de 7 de Setembro, que este ano cairão em um domingo. Sem presença física ou virtual — já que está proibido de usar redes sociais —, o ex-capitão se vê isolado.

A prioridade do PL era o Nordeste, onde o partido enxerga um possível “desgaste” do presidente Lula (PT) e um espaço a ser ocupado pela direita. Cidades grandes e colégios eleitorais expressivos, como a Bahia, estavam no radar da sigla para ampliar a presença bolsonarista.
No entanto, a decisão do STF paralisou o cronograma — oito viagens estavam previstas até dezembro, mas apenas uma foi iniciada, no Rio Grande do Norte, e interrompida no primeiro dia por problemas de saúde do ex-presidente.
Além do impacto nas viagens e redes, o bolsonarismo perdeu um “substituto”: Eduardo Bolsonaro (PL-SP). De acordo com o próprio ex-presidente, seu filho não deve retornar dos Estados Unidos tão cedo. Ambos acreditam que o retorno pode levar o STF a determinar a prisão do deputado licenciado.