Plantão França: Macron X Le Pen; Barroso diz que Forças Armadas são usadas por Bolsonaro

Atualizado em 24 de abril de 2022 às 16:04
DCM TV

Direto da França, o advogado e jornalista Mílton Blay apresenta com exclusividade o balanço e o resultados das eleições presidenciais francesa, que opõe o atual presidente, centrista, Macron e Marine Le Pen, candidata da extrema-direita. E, direto do Champs de Mars, nosso correspondente Willy Delvalle estará ao vivo onde Emmanuel Macron deve discursar após a proclamação do resultado. Moderação: Cassio Oliveira.

Eleições na França

Pela segunda vez consecutiva, Emmanuel Macron, do partido República em Marcha, venceu as eleições presidenciais na França contra Marine Le Pen (Reunião Nacional). O centrista obteve 58,2% dos votos válidos diante de 41,8% da candidata da extrema direita, de acordo com os primeiros resultados divulgados às 20h deste domingo (24), 15h pelo horário de Brasília.

As projeções divulgadas no início da noite são uma estimativa realizada por institutos de pesquisa a partir da apuração de votos de uma mostra de seções de eleitores em todos os territórios do país. Os números serão aprimorados ao longo da noite conforme a apuração avance.

Segundo esses primeiros dados, após uma campanha marcada pela guerra na Ucrânia e pela alta da inflação, que afetou o poder aquisitivo da população, os franceses decidiram apostar novamente em Emmanuel Macron.

A vitória de Macron, no entanto, tem um gosto de alívio amargo. Sua reeleição não foi forjada em altos índices de popularidade de seu governo, mas em uma campanha que lutou até o último momento para superar sua rejeição entre eleitores da esquerda e da direita, muitos dos quais foram às urnas para bloquear a chegada ao poder da extrema direita.Corpo a corpo para derrotar o antimacronismo

Apesar de sair à frente no primeiro turno, com 27,85% dos votos, contra os 23,15% dos eleitores conquistados por Marine Le Pen, Macron, 44 anos, enfrentou um segundo turno duro contra uma candidata da extrema direita que tentou atrair votos de todas as alas insatisfeitas com seu governo, que não eram poucas.

Em abril, 58% dos franceses se diziam insatisfeitos com o mandato de Macron na presidência, segundo pesquisa do Ifop. Nos dias anteriores ao segundo turno, o descontentamento chegava a 69% entre os franceses de 25 a 34 anos.

Aquele que chamou a atenção em 2017 por ser o presidente mais jovem a governar a França, ao longo de seu mandato passou a ser duramente criticado. Ex-ministro da economia do governo socialista de François Hollande, Macron foi logo intitulado como um político de direita e ganhou o apelido de “presidente dos ricos” ao cortar o imposto sobre a fortunas no país em sua reforma fiscal e reduzir as ajudas financeiras para a habitação.

Nas curtas duas semanas do segundo turno, Macron tentou apagar essa imagem. O candidato-presidente deixou seu gabinete e foi correr as ruas do país para convencer os eleitores de que estava aberto a críticas e que entendia as dificuldades cotidianas da população. No seu radar, estava a gorda fatia de votos de Jean-Luc Mélenchon, do partido da esquerda radical França Insubmissa, que abocanhou 21,95% dos eleitores no primeiro turno.

Do sul, em Marselha, ao norte, em Amiens, passando pela periferia de Paris, o centrista defendeu sua administração durante a pandemia de Covid-19 e ajustou seu discurso a dois temas candentes entre o eleitorado, principalmente jovem: o poder aquisitivo e a ecologia.

No sul, castigado por ondas de calor, incêndios florestais e enchentes, disse que pretende que “a França se torne a primeira grande nação a deixar de utilizar gás, petróleo e carvão” e prometeu uma política ecológica nos próximos cinco anos.

Para o poder aquisitivo, anunciou o aumento do salário-mínimo a partir de maio, a distribuição de ajudas financeiras diretas à população mais vulnerável e uma subvenção contra a alta de preços dos combustíveis, devido à guerra na Ucrânia.

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