PMs escoltavam empresário assassinado no aeroporto pelo PCC e serão afastados

Atualizado em 9 de novembro de 2024 às 6:23
O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, morto no aeroporto de Guarulhos pelo PCC

Na tarde desta sexta-feira (8), três PMs da ativa se apresentaram à Polícia Civil, identificando-se como seguranças do empresário e corretor de imóveis Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

O crime ocorreu na saída do terminal 2, e foi registrado por câmeras de segurança, que capturaram homens saindo de um carro preto e disparando contra Gritzbach. Os três compareceram espontaneamente e estão sendo interrogados no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que está à frente das investigações do homicídio.

Eles confirmaram aos investigadores que faziam parte da equipe de escolta da vítima, diz a Folha. Posteriormente, conforme informado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), eles serão encaminhados para a Corregedoria da PM, localizada na Luz, centro de São Paulo.

Durante o período de investigações, os agentes públicos, cujos nomes, patentes ou locais de trabalho não foram divulgados, serão afastados de suas atividades.

Além disso, um Volkswagen Gol preto, supostamente envolvido no ataque, foi localizado abandonado por policiais militares do 3º Batalhão de Choque na rua Guilherme Lino dos Santos, a aproximadamente 6 km do aeroporto. Dentro do carro, foram encontrados um colete balístico e munições de fuzil.

No aeroporto, equipes do DHPP e da Rota, tropa de elite da PM, marcaram presença, e a área foi periciada. Duas pessoas feridas foram levadas para o Hospital Geral de Guarulhos (HGG) da Secretaria de Estado da Saúde, e uma terceira vítima foi encaminhada para um hospital particular, embora a Secretaria de Segurança Pública não tenha confirmado essas informações.

Vídeos de celulares mostram uma pessoa caída na área de parada de veículos para desembarque, pessoas correndo dentro do aeroporto e outra vítima caída na parte interna, sendo socorrida. Uma terceira vítima foi vista próxima às portas, também do lado externo.

Em outro vídeo, um motorista relata ter visto disparos feitos por fuzil. Gritzbach, que já tinha sido alvo da facção criminosa e estava jurado de morte pelo crime organizado, havia sido preso anteriormente por suspeita de envolvimento na morte de Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e seu motorista, Antônio Corona Neto.