
Marcelo do Amaral, 25, foi gravado enquanto era jogado de uma ponte por um PM em Cidade Ademar, Zona Sul de SP. Moradores relataram que ele saiu do córrego ensanguentado e confuso, dizendo que havia batido a cabeça.
Segundo testemunhas, policiais no local impediram que Marcelo fosse socorrido por pessoas que tentavam ajudá-lo. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) negou a acusação e informou que investiga o caso.
De acordo com o registro policial, Marcelo estava em uma moto sem placa e foi perseguido por dois quilômetros antes de ser detido. O boletim, porém, não menciona que ele foi arremessado da ponte, uma queda de cerca de três metros.
Testemunhas afirmam que o policial Luan Felipe Alves Pereira, da Rocam, foi quem jogou o jovem. Imagens da ação viralizaram nas redes sociais, intensificando as críticas à conduta policial.
Ninguém aguenta mais. São assassinatos atrás de assassinatos. Abusos atrás de abusos. O PM jogou o rapaz do alto da ponte: em troca de quê? Quem ensinou isso a ele? O Secretário de Segurança Pública de SP quer acabar com a independência da Ouvidoria das Polícias e está gastando… pic.twitter.com/Ek3YxLPIpk
— Welington Arruda (@welmelo) December 3, 2024
Moradores disseram que cerca de 15 pessoas tentaram ajudar Marcelo, mas foram afastadas pelos policiais. “Eles mandaram todo mundo sair e ameaçaram quem insistisse”, relatou um dos presentes. Após sair do córrego, o homem foi levado ao hospital por um amigo em outra moto, já que os policiais não providenciaram o socorro imediato, segundo relatos.
Marcelo apresentava sinais de confusão e estava visivelmente machucado. Testemunhas contaram que ele subiu o morro sozinho, sujo e cambaleando, até ser resgatado. Um morador afirmou que o PM envolvido no ato era extremamente agressivo e intimidava quem tentava intervir. “Ele xingava todo mundo e ameaçava quem se aproximava”, disse.
Relatos no local também indicam que a abordagem foi marcada por truculência desde o início. Outros presentes descreveram chutes, socos e o uso de spray de pimenta contra Marcelo e os moradores. “Quando o pessoal tentou defender, os policiais começaram a bater em todo mundo”, disse outro morador. A ação ocorreu durante a dispersão de um baile funk na região.
A SSP declarou que ainda não recebeu denúncias formais de violência policial ou sobre a proibição do socorro a Marcelo. Em nota, a pasta afirmou que a Corregedoria da PM está apurando os fatos.
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